O papel do consumo na construção do habitar imaginário feminino apresentado no filme "Confessions of a Shopaholic"

Autores

  • Letícia Salem Herrmann Lima Autor

Resumo

Le rôle de la consommation dans la constitution de l'espace imaginaire féminin présenté dans le film «Confessions of a Shopaholic» Le but de cet article est de souligner le rôle de l'imagination et de la consommation dans l'univers et l'humanisation des statuts accordés aux mannequins femmes et d'habillement entraîné par les grandes marques. Il a été noté le caractère du bâtiment Rebecca, le film «Confessions of a Shopaholic», et sa pertinence dans le contexte entourant les facteurs de son habitat. Nous avons opté pour l'approche de la mode et de l'utilisation des fenêtres et des miroirs comme analogie à la consommation, de la fantaisie et la nécessité de l'acceptation que certaines relations avec les consommateurs femmes dans le film. Principales théories de base, nous avons utilisé les travaux de Jean Baudrillard, Gilles Lipovetsky et Zygmunt Bauman pour les relations des consommateurs, Guy Debord sur le spectacle médiatique, Juremir Machado sur l'imagination de l'homme et Michael Maffesoli chercheur de groupes sociaux. Mots-clés L'imagination, la consommation, l'habitat, la mode. «Mas casas, arquitectos, encantadas trocas de carne doce e obsessiva – tudo isso está longe da canção que era preciso escrever. – E de tudo os espelhos são a invenção mais impura». Herberto Hélder, 2004, OU O POEMA CONTÍNUO1 Introdução Intitulado no Brasil como «Delíros de Consumo de Rebeca Bloom» (Confessions of a Shopaholic, EUA, 2009), o filme retrata a compulsividade pelo consumo apresentada pela jovem Rebeca Bloom, apelidada pelos amigos de Becky. Com o desejo de comprar sempre mais e estar na moda, como forma de constituição de habitar imaginário e aceitação social, Becky acabou com uma grande dívida no cartão de crédito. Derick, funcionário do cartão de crédito e responsável pela cobrança, começa a segui-la até que a dívida seja quitada. Rebeca, desempregada, sonha em trabalhar em uma revista de moda; contudo, o destino oferece à moça emprego em um jornal do segmento de finanças. Este emprego é conquistado devido à troca de correspondências entre as empresas contratantes, cujo currículo de Becky é enviado equivocadamente. Desta forma, a moça atribui seu poder de convencimento e seu emprego ao uso de uma echarpe verde adquirida como vestimenta da ocasião e utilizada durante a entrevista. Após algumas matérias realizadas no novo emprego e a forma irreverente e simples de escrever, torna-se uma jornalista de sucesso e explica facilmente técnicas de finanças conquistando o público leitor se destacando e tornando-se um ícone feminino na área. Devido ao grande sucesso de suas matérias, Rebeca é convidada a participar de um programa de entrevistas na televisão para falar das dicas de economia e finanças que escreve diariamente no jornal. Até ao momento da entrevista, o público de Becky a considerava dominante sobre suas próprias finanças, segura, com personalidade e sucesso financeiro, uma vez que dava dicas sobe o tema ao seu público leitor. Durante a entrevista Derick, o cobrador das dívidas do cartão de crédito, expõe a moça ao vivo comentando sobre seus problemas financeiros particulares e as desculpas utilizadas pela moça, durante as ligações de cobrança; morte dos avôs, queda de pára-quedas, resfriado, etc. A exposição de Rebeca é inevitável fazendo com que a mídia auxiliasse no processo de mudança de imagem e representatividade diante do público, amigos, família e namorado. O universo constitutivo imaginário criado pela moça desmorona perdendo parte de sua credibilidade conquistada pelos seus bens e atitudes. De conselheira de assuntos financeiros, passa a caloteira de cartão de crédito. O recorte desta análise são as cenas que antecedem a entrevista de Rebeca e que durante o percurso até o local, encanta-se por uma echarpe verde. O desejo de compra é tamanho que a personagem inicia uma conversa imaginária com um manequim estimulador de sua compra da echarpe. Neste contexto o manequim apresenta-se humanizado pela personagem, que interage com o manequim. A cena ocorre entre 04:26 e 07:38 minutos. Como efeito comparativo da evolução da personagem, será analisada a cena final do filme, que apresenta contexto similar ao da conversa com o manequim; disponível entre 01:36:30 e 01:40:13 minutos. A escolha do filme baseou-se no propósito do estudo das relações de consumo, suas influências comportamentais e na personificação das marcas. O objetivo deste trabalho é apontar a humanização atribuída aos manequins como personagens fílmicos e sua relevância no contexto narrativo e no crescimento e construção da personagem principal. Os principais pontos abordados na análise serão a personificação dos manequins, a utilização das vitrines como analogia aos espelhos do consumidor e o papel dos objetos de consumo como impulsionador da criação de mundos reais ou imaginários.

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Publicado

2010-12-01

Edição

Secção

Dossier: Habitar

Como Citar

O papel do consumo na construção do habitar imaginário feminino apresentado no filme "Confessions of a Shopaholic". (2010). Ex æquo, 22(22). http://172.233.59.247/exaequo/article/view/741