O passado como sonho em vigília: literatura testemunhal feminina

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22355/exaequo.2023.47.08

Palavras-chave:

literatura testemunhal, diário, Noemi Jaffe, pós-memória

Resumo

Este artigo propõe o estudo de três testemunhos da Shoah que foram reunidos em uma recente obra literária brasileira, O que os cegos estão sonhando?, por Noemi Jaffe (2012). O livro tem três seções: o diário de uma sobrevivente da Shoah, o relato de sua filha e um ensaio da neta da sobrevivente, discutindo a linha sucessória marcada pelo horror da Shoah. Analisa-se as diferentes estruturas narrativas que utilizam para organizar os relatos, bem como o seu encadeamento em uma linhagem feminina, matriarcal, apostando na ligação profunda familiar para fazer perdurar uma memória coletiva, histórica, o que inscreve a obra na literatura contemporânea no que ela tem de “intempestiva” (Agamben 2009).

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Publicado

2023-01-01

Edição

Secção

Dossier "Pós-memórias no feminino. Vozes e experiências na gramática do mundo"

Como Citar

O passado como sonho em vigília: literatura testemunhal feminina. (2023). Ex æquo, 47(47). https://doi.org/10.22355/exaequo.2023.47.08