Não mais Marias invisíveis: uma leitura decolonial em “Eu empresto-te a Mariá” (2020), de Luísa Semedo, e Um Fado Atlântico (2022), de Manuella Bezerra de Melo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22355/exaequo.2023.47.04

Palavras-chave:

subalternas, periferias, invisibilidade, neocolonialismo, resistência

Resumo

Embora o imaginário europeu pós-colonial descreva sociedades europeias multiculturais, este traço foi construído à custa de mão-de-obra barata amiúde considerada como facilmente assimilável e integrável (Jerónimo & Monteiro 2020). Porém, como defende Víctor Pereira (2015) sobre o caso português, os emigrantes nunca foram ouvidos. O artigo discute “Eu empresto-te a Mariá” e Um Fado Atlântico, protagonizados por subalternas imigradas, argumentando que estas narrativas questionam o pensamento classista e patriarcal subjacente ao poder neocolonial sobre o Outro, neste caso, a mulher imigrante. A representação narrativa humanizada da imigrante é uma forma de resistência que desconstrói o mito pós-colonial e capitalista sobre integração.

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Publicado

2023-01-01

Edição

Secção

Dossier "Pós-memórias no feminino. Vozes e experiências na gramática do mundo"

Como Citar

Não mais Marias invisíveis: uma leitura decolonial em “Eu empresto-te a Mariá” (2020), de Luísa Semedo, e Um Fado Atlântico (2022), de Manuella Bezerra de Melo. (2023). Ex æquo, 47(47). https://doi.org/10.22355/exaequo.2023.47.04