«O cansaço sente-se no ar»: o ambiente nas universidades contemporâneas e o seu impacto na investigação feminista

Autores

  • Maria do Mar Pereira University of Warwick, Coventry, United Kingdom / Centro Interdisciplinar de Estudos de Género (CIEG), Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, Portugal / Centro de Estudos das Migrações e das Relações Interculturais da Universidade Aberta, Portugal / ORCID: https://orcid.org/0000-0003-3745-6266 Autor https://orcid.org/0000-0003-3745-6266 (não autenticado)

DOI:

https://doi.org/10.22355/exaequo.2019.39.11

Palavras-chave:

academia, feminismo, estudos de género, trabalho, ensino superior, academia, feminismo, estudos de género, trabalho, ensino

Resumo

“O cansaço sente-se no ar”: o ambiente nas universidades contemporâneas e o seu impacto na investigação feminista

A ciência e o ensino superior têm sofrido alterações profundas nas últimas décadas, que têm levado em muitos países à institucionalização de culturas académicas performativas. Neste artigo, examino a forma paradoxal como essa institucionalização tem afetado os Estudos sobre as Mulheres, de Género e Feministas (EMGF). Tomando como ponto de partida uma etnografia da academia em Portugal, demonstro que a crescente valorização da produtividade na ciência gerou oportunidades para os EMGF, mas também criou um ambiente de exaustão e depressão que está a ter impactos muito nocivos nos corpos, relações e trabalho científico de quem trabalha em EMGF. Uso este paradoxo para argumentar que é necessário fazer um debate crítico e urgente nos EMGF sobre as culturas de trabalho na academia contemporânea, e as relações ambivalentes que temos com o trabalho científico que fazemos.

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Publicado

2023-01-01

Edição

Secção

Estudos e Ensaios

Como Citar

«O cansaço sente-se no ar»: o ambiente nas universidades contemporâneas e o seu impacto na investigação feminista. (2023). Ex æquo, 39(39). https://doi.org/10.22355/exaequo.2019.39.11